A teoria explica e a empiria comprova: inflação gera desemprego

Henrido
13 min readJun 11, 2021

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Um dos mais discutidos temas na economia é o suposto trade-off entre inflação e desemprego. Ou seja, há uma relação negativa entre eles: quando a inflação sobe, o desemprego desce. O inverso também seria verdadeiro. A chamada Curva de Phillips ficou bem famosa e é usada como norte em muitas políticas monetárias. O presente escrito busca investigar, sendo guiado pelos postulados praxeológicos, esta relação.

Sobre a curva de Phillips

A importância de uma correta metodologia para formalização de teoremas econômicos se mostra evidente quando compreendemos a curva de Phillips. A proposta de A. W. Phillips sugere que há uma relação entre a inflação dos salários nominais e o desemprego e que esta relação é inversamente proporcional — condicionando-as a um trade off. Sua proposição ocorreu quando, em 1958, Phillips desenha um diagrama que mostrava a taxa de inflação contra a taxa de desemprego no Reino Unido para cada ano de 1861 a 1957.

Fonte: A. W. Phillips, “The Relation between Unemplyment and the Rate of Change of Money Wages in the United Kingdon”
A Curva de Phillips original para o Reino Unido

Seguindo a lógica do aumento de preços onde há uma demanda superior que a oferta vigente, Phillips, ao que me parece, tenta aplicar isso ao mercado de trabalho. Isso fica evidente quando ele fala que:

“When the demand for labour is high and there are very few unemployed we should expect employers to bid wage rates up quite rapidly, each firm and each industry being continually tempted to offer a little above the prevailing rates to attract the most suitable labour from other firms and industries. On the other hand it appears that workers are reluctant to offer their services at less than the prevailing rates when the demand for labour is low and unemployment is high so that wage rates fall oniy very slowly. The relation between unemployment and the rate of change of wage rates is therefore likely to be highly non-linear (PHILLIPS, 1958)”.

Podemos admitir que Phillips compreende que o aumento do preço dos salários nominais são consequências da relação mercadológica entre demanda por trabalhador e escassez de trabalhador. A compreensão da causa, portanto, se dá pela seguinte sentença: mediante o mecanismo de oferta e demanda, do mercado de trabalho, um determinado nível de desemprego pode causar um aumento no preço dos salários nominais.

Os estudos de Paul Samuelson e Robert Solow

Dois anos após a formalização da hipóteses de Phillips, Samuelson e Solow replicaram seu estudo para os Estados Unidos, substituindo a variável preço dos salários pelo índice geral de preços, criando um novo, e infundado, teorema. A relação proposta por Samuelson e Solow em que compara a inflação com o desemprego foi cunhado de Curva de Phillips Modificada.

Sua proposição daria, supostamente, aos países a capacidade de escolher entre inflação e o desemprego. Caso os governantes optassem por uma inflação mais alta, eles desfrutariam de um baixo desemprego. O inverso também seria verdadeiro. Esta modificação da curva de Phillips teria razão pelo fato de que os custos da mão de obra compor a maioria dos custos totais de qualquer setor e, como as empresas buscam lucros, a proposta dada por Phillips levariam a conclusão de que, portanto, os preços gerais subiriam.

“[…] a period of high demand and rising prices molds attitudes, expectations, even institu way as to bias the future in favor of further inflation (SAMUELSON e SOLOW, 1960)”.

A proposta de Samuelson e Solow: o cardápio

“This suggests that any governmental policy which increases the miobility of labor (geographical and industrial) or improves the flow of information in the labor market will have anti-inflationary effects as well as being desirable for other reasons (SAMUELSON e SOLOW, 1960)”.

A proposta sugerida por Samuelson e Solow, ao menos no curto prazo, é que o governante poderia optar adotar políticas que levam a uma alta nos preço gerais que seria compensado por uma queda no desemprego. Apesar de que em 1970 esta relação tenha se mostrado um fracasso, este ensinamento macroeconômico persiste até hoje. A macroeconomia, em vez de abandonar esta teoria infundada, optou adicionar outras variáveis ao modelo, como a expectativa de inflação e considerações acerca da lei de Okun, ainda que não exista uma explicação causal teórica que sustente esta proposição.

O mercado de trabalho

A proposta original de Phillips, conforme comentei, parece-me correta, uma vez que o mecanismo de oferta e demanda por trabalhador, afetaria a sensibilidade do preço — que transmite a informação destas relações em termos monetários — e, por consequência, o grau de desemprego.

“O trabalho é um fator de produção escasso. Como tal, é vendido e comprado no mercado. Se o trabalho foi executado pelo próprio vendedor do produto ou do serviço, o seu preço, do trabalho, está incluído no preço atribuído ao produto ou ao serviço. Quando se trata da compra e venda de trabalho puro e simples, seja por um empresário engajado no processo de produção para venda, seja por um consumidor desejoso de usar os serviços prestados para o seu próprio consumo, o preço assim pago recebe a denominação de salário (MISES, 2017)”.

Podemos assumir, portanto, que o nível dos salários será determinado no mercado assim como qualquer outra mercadoria e os empregadores administrarão de tal maneira, justamente pela cobrança dos próprios consumidores. Não há, no mercado de trabalho, uma homogeneidade referente aos trabalhos e seus respectivos preços. Além de haver uma variação qualitativa, cada trabalho presta um serviço diferente. Ainda assim, cada setor do mercado de trabalho está interligado. Os trabalhadores também competem com fatores materiais de produção, já que em determinado nível, os fatores de produção podem substituir um determinado trabalho. O grau de substituição dependerá do nível dos salários e dos preços dos fatores de produção.

Meu ponto, assim como de Mises, é que o mercado de trabalho — setor do mercado de bens de produção onde o trabalho é contratado — é onde os salários são determinados, uma vez que os empresários na busca de auferir lucros demandam por força de trabalho humana. Portanto, o empregador buscará contratar pagando o menor preço possível, enquanto o trabalhador só sentirá atraído se o salário for suficientemente alto. Pode-se dizer que a expectativa de preço futuro na venda, norteará o empresário de contratar, ou não, um trabalhador, caso seu objetivo seja lucro monetário. Aqui nós temos o insight praxeológico de que os salários, quando não condizentes com as exigências do trabalhador, ou do empregador, jogarão os trabalhadores que demandam trabalho para o desemprego, o que nos permite concluir que o efeito do desemprego é causado pelos níveis de salários.

O desemprego numa economia livre e suas fundamentações

Se uma pessoa está buscando renda, mas não consegue um trabalho que desejas, terá que se contentar com um trabalho em outro setor. Caso não consiga encontrar um empregador que pague o que almeja, terá que reduzir suas demandas. Portanto, numa situação de livre mercado, o que explicaria o desemprego é o fato de que os agentes esperam por oportunidades distintas das que lhe estão disponíveis — possuem uma demanda por trabalho inelástica, em termos de preço de salários.

Tão logo, podemos deduzir que este desemprego pode ser possível graças ao fato do indivíduo ter a expectativa de que encontrará um emprego com as condições que lhe mais agrada. Também não podemos negar que determinados empregos só se tornam atraentes em determinados períodos do ano, portanto a demanda por trabalhador estará sujeito a sazonalidades. Pode-se deduzir que estas demandas possuem um alto nível de salário, o que permitiria ao desempregado se manter por um tempo onde a demanda por trabalho é baixa. É muito plausível admitir que determinadas concepções culturais também o impedirá de adentrar no mercado de trabalho.

Se eu pudesse fazer um mapa verbal do que fundamenta o mercado de trabalho e, também, o desemprego, eu faria da seguinte forma: a) ações exigem escolhas no tempo, portanto só podem ser feitas uma de cada vez; b) o indivíduo dispõe de um tempo limitado para realizar trabalho; c) este trabalho exigirá, para evitar perda na qualidade, de descanso; d) indivíduos possuem conhecimentos tácitos a cerca de conteúdos específicos, como certos trabalhos exigem conhecimentos específicos, nem todo indivíduo é apto para qualquer trabalho e; e) há um declínio na qualidade e quantidade do trabalho dependendo das forças vitais do homem.

Desemprego institucional: intervenções diretas

“Se, concomitantemente com a redução compulsória da jornada de trabalho, as autoridades ou os sindicatos proíbem uma correspondente redução dos salários que o funcionamento do mercado provocaria, ou se instituições já existentes impedem essa redução, a consequência será a mesma que resultaria de qualquer tentativa de manter os salários num nível superior ao determinado pelo mercado: desemprego institucional (MISES, 2017)”.

O desemprego institucional é uma consequência da vontade dos sindicatos e dos governos, que colocam restrições as negociações de entre empregador e empregado, onde, geralmente, se tem um aumento no custo da contratação do trabalhador. Suas interferências acerca das negociações salariais torna o desemprego institucional um “fenômeno de massa crônico e permanente”.

Caso os sindicatos, mediante o uso dos seus poderes políticos, restringem a mão de obra qualificada, o aumento salarial não conduzirá ao desemprego institucional, mas reduzirá o salário nos setores em que não haja sindicatos mais fortes — ou eficientes. O aumento do salário para os trabalhadores organizados se dá a custa da queda dos salários de trabalhadores não organizados¹.

Como percebemos, há políticas que afetam diretamente as relações de trabalho, porém, para iniciar nossa crítica a proposição de Samuelson, iremos falar de uma política que afeta indiretamente e não-imediatamente as relações do mercado de trabalho: políticas monetárias expansionistas. Será mostrado que a inflação, na verdade, causará desemprego no futuro. O link entre a expansão da política monetária e inflação já foi defendida anteriormente, por isso tomarei como um conhecimento já existente do leitor.

Desemprego institucional: a inflação como uma causa

“Quanto mais tempo durar a inflação, maior será o número de trabalhadores com empregos que dependerão de sua continuação, ou, muitas vezes até, de haver uma aceleração constante da taxa inflacionária. E isto não acontece porque estes trabalhadores não teriam encontrado emprego sem a inflação, mas porque a inflação os leva a empregos temporariamente atraentes, que tendem a desaparecer assim que haja a desaceleração ou o término do processo inflacionário (HAYEK, 2017)”.

O argumento de Hayek é que, mediante a decisões empresariais baseadas em miss-information, quando contrastada com a realidade, podem nortear os empresários em decisões que se opõe as suas escolhas iniciais. Porém a continuação de políticas que levaram a esta má interpretação, impedirá os empresários de terem seus custos reais realizados, levando os mesmos a acreditar estarem sob uma economia com um nível de produção capaz de absorver as mercadorias ofertadas baseadas em afrouxamento monetário.

“Minha resposta é que mercadorias que não se vendem ou que se vendem com perda ultrapassam a soma das necessidades que delas se tem, seja porque foram produzidas em quantidades excessivas, seja porque outras produções decaíram. Certo produtos se encontram em grande abundâncias porque outros vieram a falhar (SAY, 1983)”.

Sendo a economia um fenômeno resultante da alocação de recursos escassos em uma relação baseada em relação contratual, uma crescimento saudável da economia que gerará menos descasamento entre expectativa do agente e o resultados, não pode vir de um aumento deliberado da base monetária — ao menos sem respaldo em produção. Como o problema da venda das mercadorias, de acordo com Say, se dá pela a) ausência de necessidade e; b) falta de produção em outros setores, aumentar a base a monetária sem respaldo em aumento de produção, acaba por informar o agente econômico, ainda que indiretamente, que a economia está operando sob um nível de produção maior do que o real, uma vez que o dinheiro tem a função de transmitir as preferências dos indivíduos por determinados produtos.

Veja que são produtos que você precisa e não dinheiro. A soma de dinheiro que for usada na venda de seus produtos e na compra que você fizer dos produtos de um outro servirá para o mesmo uso, pouco depois, entre dois outros contratantes […] Pois bem, o dinheiro é apenas a viatura do valor dos produtos. Todo seu uso consiste em transportar até você o valor dos produtos que o comprador havia vendido para comprar os seus; da mesma maneira, ele transportará para aquele de quem você fizer uma compra o valor dos produtos que você vender a outros (SAY, 1983)”.

Aqui Say demonstra que entende o dinheiro como uma “carroça”, que “depois de transportar o produto que você vender, transportará um outro e depois um outro”. Portanto, recursos que são alocados ao ponto de que seriam absorvidos, somente, por demais produções, acabam sendo absorvidos por uma demanda artificialmente alta, já que seu aumento não se deu por produção real, mas acaba por transmitir esta informação.

“Já se pode começar a perceber como é sutil o sistema de comunicação no qual se baseia o funcionamento de uma sociedade industrial desenvolvida. Este sistema de comunicação, que chamamos de mercado, vem a ser um mecanismo de condensação de informações dispersas mais eficiente que qualquer outro deliberadamente concebido pelo homem para o mesmo fim (HAYEK, 2017)”.

Entende-se, então, que uma inflação gerada afim de reduzir o desemprego, em última instância, cria um cenário de incentivo informacional para o empreendedor alocar recursos baseado uma demanda artificial — o que pode explicar a redução do desemprego no curto prazo. E esta é artificial, pois o resultado de um aumento na base monetária sem real aumento da produção. O dinheiro adicional sem respaldo em aumento de produção, leva o aumento dos preços de bens e serviços em termos monetários — expectativa incorporada pelo trabalhador, que buscará antecipar o aumento do preços.

“Mas o efeito, mais devastador, e ao mesmo tempo o menos compreendido, é que a inflação, a longo prazo, inevitavelmente leva ao desemprego em grande escala (HAYEK, 2017)”.

Além de criar empregos temporariamente atraentes, a expansão da base monetária também afeta as decisões dos consumidores, fazendo com o que os mesmos comprometam a sua renda. Isso levará a disputa entre consumidores de empreendedores, onde, de um lado temos empreendedores ofertando produtos baseado em má alocação de recurso e, de outro, consumidores com renda comprometida pelo fato do crédito tornar acessível aquisições que antes não lhe eram possíveis. Este descompasso, evidentemente, levará ao desequilíbrio econômico, fazendo com que empreendedores liquidem suas decisões econômicas, afim de evitar menos prejuízo.

O que os estudos nos mostram

Com tudo o que foi estabelecido até agora, podemos entender que a relação entre inflação e desemprego só é um trade-off no curto prazo. Portanto, um grau de inflação no momento presente, por dedução, só geraria aumento do desemprego no longo prazo. Isso justificará o fato de eu ter comparado a inflação em um tempo “t” e o desemprego em um tempo “t-12”, indicando que a inflação de agora explicará o desemprego daqui 12 meses.

“A série temporal suavizada para Alemanha, França, Reino Unido e EUA, durante a segunda metade do século XX (quando as políticas monetárias destes países eram “normais”, ao contrário de hoje), mostram o mesmo padrão: primeiro a inflação de preços aumenta; depois, com um atraso, a taxa de desemprego também sobe (ISRAEL, 2016)”.

Percebe-se, como mostra o gráfico acima, que a expansão monetária acabou por gerar nosso cenário inflacionário e que esta gera desarranjo em uma economia — determinados projetos, ainda mais quando voltados ao longo prazo, são menos viáveis em um cenário de inflação, ainda que haja crédito para viabilizar o projeto. Portanto, investimentos, que geram empregos, se tornarão inviáveis, o que gerará desemprego futuro.

Tão logo, a inflação tornará determinados empregos atraentes apenas de forma temporária. Empregos estes que sumirão ao longo prazo, pois, a inflação terá as seguintes consequências, i) aumentar o fluxo monetário entre os vários setores e estágios do processo produtivo; ii) a criação de expectativa de aumento do preço cada vez maior e; iii) pressão no aumento dos salários baseado na expectativa da inflação de preços.

Conclusão

Evidentemente a curva de Phillips possui uma uma certa justificativa, já que podemos dizer que o desemprego no tempo atual servirá de informação para a formação de salários no futuro. Porém, como são os salários que estabelecem o desemprego no sentido de serem causa primeira, tentar criar um cenário artificial, através da inflação, para reduzir o desemprego, fará com que os salários se guiem ao real nível da produção, tentando antecipar a inflação e causando ainda mais desemprego no futuro.

Podemos concluir que a modificação feita por Samuelson e Solow não fazem sentido algum e, no longo prazo, só levará a economia a um reajuste, levando-a para uma situação pior que a inicial e que, tentar evitar isso com mais inflação, só aumentará os danos no longo prazo.

OBSERVAÇÕES

[1] Isso explicado, como comenta Mises, pelo fato de que “toda mudança na oferta ou demanda em determinado setor acaba afetando indiretamente todos os outros setores. Todas as atividades produtoras competem indiretamente entre si. Se um número maior de pessoas entra para a profissão médica, haverá falta de gente para outras ocupações que, por sua vez, serão preenchidas por mão de obra vinda de outros setores, e assim por diante. Nesse sentido, existe uma relação entre todos os grupos profissionais, por mais diferentes que sejam os requisitos necessários a cada um deles”, em Ação Humana, página 678.

REFERÊNCIAS

BANCO CENTRAL DO BRASIL. 13522. Índice nacional de preços ao consumidor — amplo (IPCA) — em 12 meses — % (2012–2021). Disponível < https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries>. Acesso em: 08 jun.2021.

BLANCHARD, Olivier; ENRRI, Daniel Pérez. Macroeconomia. Pearson Educación, 2016.

DORNBUSCH, Rudiger; FISCHER, Stanley. Macroeconomia, 5ª edição. São Paulo, p. 93, 1991.

HAYEK, Friedrich August von. Desemprego e política monetária. LVM Editora, 2017.

IBGE. Tabelas completas — Pnad C mensal (março) (2012–2021). Disponível < https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-detalhe-de-midia.html?view=mediaibge&catid=2103&id=1941>. Acesso em: 08 jun.2021.

ISRAEL, Karl-Friedrich. A teoria explica e a empiria comprova: a inflação leva a um aumento do desemprego. Instituto Mises Brasil, 07 de nov. de 2016. Disponível em: <https://mises.org.br/article/2556/a-teoria-explica-e-a-empiria-comprova-a-inflacao-leva-a-um-aumento-do-desemprego>. Acesso em: 10 de jun. de 2021.

PHILLIPS, Alban W. The relation between unemployment and the rate of change of money wage rates in the United Kingdom, 1861–1957. economica, v. 25, n. 100, p. 283–299, 1958.

SAMUELSON, Paul A.; SOLOW, Robert M. Analytical aspects of anti-inflation policy. The American Economic Review, v. 50, n. 2, p. 177–194, 1960.

SAY, Jean Baptiste. Tratado de economia política. Victor Civita, 1983.

VARIAN, Hal R. Microeconomia-princípios básicos. Elsevier Brasil, 2006.

VON MISES, Ludwig. A ação humana. LVM Editora, 2017.

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