Uma reflexão Misesiana sobre a moeda e inflação

Henrido
14 min readDec 1, 2019

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O livro Sobre dinheiro e inflação, intitulado agora como Sobre moeda e inflação, é um conjunto de palestras que Mises deu ao Foundation of Economic Education. Apesar de não gostar que suas palestras fossem publicadas — uma vez que não era carregada do rigor que ele dava ao seus livros, por exemplo — uma estudante acabou por fazer uma série de anotações sobre suas palestras e dividiu em vinte assuntos. É comum, no decorrer da leitura, ver algumas repetições na argumentação, mas isso não desmerece o trabalho feito, acredito até que o torna mais sólido.

A contribuição Rothbardiana está presente no livro intitulado como Sobre moeda e inflação. É um breve comentário que acaba não apenas contribuindo para as conclusões do livro, mas que aprofunda as premissas mais sólidas — e rigorosas — que sustenta o argumento do Mises: seu livro The thoery of money and credit.

Antes de iniciar, devo alertar que este escrito não é sobre uma teoria monetária profunda. Na verdade, são marcações que fiz que acredito serem importantes ou que não havia refletido sobre. Portanto, não se surpreenda se a leitura não for tão difícil.

A importância da moeda

Se as pessoas dizem que o dinheiro não é a coisa mais importante do mundo, elas estão absolutamente certas do ponto de vista das ideias que são responsáveis pelos rumos dos assuntos humanos. Mas se elas dizem que não é importante, elas não entendem o que ele faz. O dinheiro é um meio de troca, possibilita que todos têm o que querem fazendo quantas trocas forem necessárias.

Esta citação de Mises nos traz muito do seu argumento sobre o dinheiro na óptica da utilidade marginal. Ele, o dinheiro, não é um fim em si e sua utilidade possui um caráter temporal. Ele é a representação dos consumidores em manter saldo de caixa para consumo futuro. Eu já apresentei este argumento diversas vezes, mas para ficar claro, vale citar novamente: o consumo de um recurso presume uma prescrição de fim a este tal recurso e assim será feito pois temos a expectativa de que este recurso seja útil para alcançar um determinado fim que nos trará maior conforto.

Em ultima instância, quando aplicamos teores empíricos a esta proposições, queremos admitir, por exemplo, que comprar uma garrafa de água não é um fim em si, compramos para consumir e consumimos para atingir um fim mais satisfatório que seria, por exemplo, matar a sede. Porém esta compra só foi possível por termos em caixa algumas unidades monetárias que correspondem os requisitos da troca: o seu preço.

Veja, podemos admitir que o indivíduo tinha estas moedas hipotéticas antes mesmo de adquirir a garrafa de água, mas não necessariamente era este o fim — comprar uma garrafa de água — das unidades monetárias quando ele obteve as moedas. Em resumo, é esta a utilidade em manter saldo em caixa. O que quero dizer aqui é, pelo fato do futuro ser incerto, mantemos saldos em caixa para adquirir bens e serviços que podemos vir a demandar no futuro. Óbvio que posso fazer um estoque de garrafas de água para beber quando eu tiver sede num futuro, mas este será o único fim dela. Podemos admitir, também, que ela poderá servir como meio de troca, mas a outra parte só aceitará ela pelo fim que ela deseja dar a água, portanto, as chances de ela ser aceita como meio de troca, no mundo que vivemos atualmente, é menor que a da moeda, por exemplo.

Pensando desta forma, faz sentido o que diz Mises. A moeda não é o recurso mais importante do mundo, mas servirá como meio de troca para adquirir o recurso que mais importará ao indivíduo no momento em que ele elencar este recurso hipotético como o mais valorado em sua escala de valorização.

Mercado e a lei: uma reflexão sobre cultura e linguagem

A segurança jurídica é um fenômeno importantíssimo para o mercado. Nós agimos, pois, acreditamos que nós iremos atingir nosso fim — nem que seja uma breve esperança. O caráter da relação contratual é o mesmo. Realizamos trocas e contratos por acreditar que conseguiremos alcançar nosso objetivo com esta troca ou este contrato. Veja, realizar uma troca ou contrato não implica, necessariamente, que acreditemos que a troca ou o contrato dê certo, este caráter de necessariedade está em alcançar um determinado objetivo com a troca ou o contrato — seja ele qual for.

Em geral, as pessoas realizam trocas ou contratos para que as condições de ambos ocorram e de ambas as partes. Este fenômeno desencadeia uma cultura e linguagem própria do mercado. Vou seguir a linha de Mises em Ação Humana: um tratado de Economia, onde ele admite que:

Existe apenas a tradição, que preserva e transmite pensamentos a outros, como um estímulo para sua reflexão. Entretanto, o homem não tem como se apropriar dos pensamentos de seus precursores, a não ser repensando-os de novo […] O principal veículo da tradição é a palavra. O pensamento está ligado à palavra e vice-versa. Os conceitos estão embutidos em termos. A linguagem é uma ferramenta do pensamento, como também da ação na sociedade.

Ou seja, acordos poderão desencadear uma linguagem própria, onde um determinado conceito, possui uma singularidade própria do mercado. Vamos usar o exemplo que Mises usa em Sobre dinheiro e inflação.

Se um homem garantiu num contrato que entregaria batatas em três meses, por exemplo, pode-se questionar, quando ele fizer a entrega, se o que ele levou são realmente batatas no sentido que se estabeleceu no acordo […] Elas — as batatas¹ — não devem estragar; precisam ter certas características; devem ser batatas prontas para venda no mercado; e assim por diante. Elas podem até ser batatas de acordo com o professor de botânica, mas não o são na visão de um empresário.

Esta citação de Mises desencadeia, em Sobre dinheiro e inflação, um argumento que o governo deverá, quando se trata de trocas realizadas, averiguar e arbitrar se as condições das trocas e dos contratos foram, ou não, cumpridas. A crítica de Mises é que, o governo não deverá determinar se o que foi utilizado nos contratos foi, ou não, dinheiro, apenas se as condições satisfazem ambas as partes de acordo com o entendimento mútuo e do próprio mercado.

Porém, quando li este trecho, eu acabei percebendo um argumento consistente sobre uma segurança jurídica sólida para o fenômeno do mercado. Conteúdos sobre já ocorrem no movimento libertário e nos conteúdos que a Escola Austríaca de Economia produz. Sinceramente, vejo o desenvolvimento destes conteúdos como cruciais para a aceitação das ideias libertárias. No fim, quem não aceita as ideias libertárias, provavelmente, tem o mesmo receio de quem iria realizar uma troca num mercado sem segurança jurídica alguma: será que a cooperação humana será possível ao ponto de que o respeito de ambas as partes seja maior que as fraudes que venham a ocorrer?

Devo confessar que me atrai a discussão em torno de “governança voluntária”. Entendo este fenômeno como empresas, obviamente privadas, intermediando determinadas relações para satisfazer uma demanda local. Este tipo de discussão, somado com a questão da segurança jurídica, fará com que o mercado acabe sendo uma relação menos conflituosa no que tange a desconfiança das partes que pretendem trocar. Entenda, eu não estou dizendo que o fenômeno do mercado — realizações de torcas voluntárias — pode ser conflituosa, estou admitindo que a desconfiança na capacidade de alcançar determinados fins com a realização de uma troca, poderá determinar que trocas específicas não aconteçam, enfraquecendo, então, o fenômeno do mercado.

O nó das interações intersubjetivas

Esta parte do escrito não está especificado no livro Sobre dinheiro e inflação, trata-se de algumas premissas que expandem as conclusões Misesianas sobre dinheiro e inflação — perdão pelo trocadilho.

Os problemas econômicos ou catalácticos estão embutidos numa ciência mais geral da qual não podem mais ser separados. O exame dos problemas econômicos tem necessariamente de começar por atos de escolha: a economia toma-se uma parte — embora até agora a parte elaborada — de uma ciência mais universal: a praxeologia.

Quando, em Ação Humana: um tratado de economia, Mises faz este link entre economia e praxeologia, ele quer dizer que: só é possível que o fenômeno da economia ocorra por sermos capazes de agir propositalmente. A troca é uma ação, por definição, já falei isso. O fenômeno da economia, tal como da ética, moral e relações sociais, são corolários praxeológicos. É quando a ação se torna uma interação: uma ação intersubjetiva.

A interação é quando você age para interferir no fim de outro indivíduo e você poderá fazer isso de diversas formas, mas duas são as mais comuns. Quando Oppenheimer fala do meio político e do meio econômico, podemos definir como interações impositivas e interações proposicionais, respectivamente. Ou seja, podemos interferir no fim de outro propondo a ele um meio para que ele atinja determinado fim — com a troca de recursos, onde ambos fazem voluntariamente — ou impondo que ele deve usar de determinado meio para alcançar um determinado fim — como a troca de recursos, onde um dos agentes o faz obrigatoriamente. O exemplo que dei, é um exemplo em que envolverá a economia.

Veja, nossas ações, principalmente as interações, afetam as ações dos outros. É um engano pensar que uma determinada ação afeta um campo específico e não poderá afetar outro campo — uma ação que afete o campo social e econômico simultaneamente. Por exemplo, supor que proibir uma determinada religião afeta apenas as relações sociais — o que Rothbard chama de intervenção autística. Faz sentido pensar que esta arbitrariedade, que é uma interação impositiva, também afete a economia. Ainda neste exemplo, faz sentido pensar que a proibição de uma determinada religião, que acarretará em punição quando desobedecida, impeça que novos mercados sejam criados. Me parece sensato admitir que esta proibição impeça que mercados com produtos, exclusivos para esta religião específica, ocorra, por exemplo. Ao menos que ocorra em níveis menores pré proibição desta interação social.

O contrário também é verdadeiro, a interação intersubjetiva do campo econômico também poderá afetar as relações do campo social.

Inflação: o lapso das relação intersubjetivas

Uma coisa que deve ser aprendida o quanto antes pelos indivíduos é que a inflação é péssimo para as massas. Nossas relações econômicas estão intimamente ligadas com nossas relações sociais. Podemos dizer que estas relações, muitas vezes, são expressas em termos monetários e que, uma mudança no poder de compra individual, poderá afetar toda uma cadeia de relações intersubjetivas: tanto em escala de produção, quanto na escala da tradição.

Por exemplo, em países predominantemente rurais […]é comum, necessariamente, quando um dono da fazenda morre, que um de seus filhos tome a conta da propriedade e que os outros filhos, os irmãos e irmãs, herdem apenas uma parte dela. O homem que fica com a fazenda tem que pagar aos outros, ao longo de sua vida, cada tostão da parte da herança que lhes é de direito. Isso significa que aquele que herda as terras não recebe nada a mais nem a menos do que os outros membros da família. Mas quando o acordo prevê a transferência da propriedade para um dos herdeiros e notas promissórias para outros herdeiros — que deverão ser quitadas ao longo dos anos — , isso significa que a cada dia, caso seja um período de inflação, a porção do homem que ficou com a fazenda cresce e as porções que cabem aos seus irmãos e irmã despencam.

Os investimentos de longo prazo possuem diferentes fins, desde quem queria aumentar seu capital para dar uma condição melhor para seus filhos, quanto para quem faz para quem queria “dar a meninos pobres a possibilidade de serem universitários e conquistarem o que eles tinham conquistado por conta da boa educação que receberam nessas universidades”.

A inflação reduz a demanda dos indivíduos em querer manter saldo de caixa, isso implica que, sua escala de valores está totalmente voltada para o presente. Este tipo de incentivo acaba tornando a caridade algo ainda mais raro e impossível de se fazer.

Dependendo da catástrofe econômica, o comportamento de um indivíduo e seus concidadães podem se tornar tão agressivos quanto de nossos ancestrais em períodos pré revolução neolítica, onde nossas escalas de valores só tinha recursos de bens consumo — na época não havia o fenômeno do dinheiro, ainda — e que todo recurso, por sua não-abundância, era disputado violentamente entre diversos indivíduos. Relação violenta que só cessava quando foi possível gerar um pouco mais de abundância. Este tipo de situação me recorda muito, e faz muito sentido, o argumento Keynesiano de que economias arrasadas, em um sistema democrático, levará a eleição de tiranos. Livro que precede a acensão do Nazismo e que acabou se mostrando verdadeiro.

Fica nítido que as relações intersubjetivas acabam colapsando, mas se engana quem crê que os mais afetados sãos os ricos. Assim como no exemplo dos herdeiros da fazenda, há quem é mais prejudicado.

Na era pré-capitalista os ricos eram donos das terras, e é por isso que eram ricos. Eles podiam poupar e aumentar suas posses investindo em propriedades concretas: casas, negócios, propriedades fundiárias. Ou eles podiam aumentar suas fortunas cuidando de maneira mais conservadora das florestas que detinham . Por outro lado, havia pessoas que eram pobres […] pessoas que não tinham nada.

Os pobres estavam em condições, conforme argumenta Mises em Sobre dinheiro e inflação, de possuírem, não por escolha, uma preferência temporal totalmente voltada para o consumo. Entretanto, esta situação mudou. Mudou não por conta de políticas públicas, mas por conta de uma revolução econômica que deu origem ao capitalismo: a revolução industrial.

[…] Sob as condições do capitalismo, credores não são mais os ricos e os devedores os pobres. O capitalismo desenvolveu um grande sistema ao possibilitar que a massa da população mais pobre […] guarde dinheiro e invista diretamente suas economias em operações de negócios. Os ricos são proprietários, por exemplo, das ações de uma empresa. Mas as empresas devem dinheiro, ou porque eles emitiram títulos, títulos de dívida, ou porque eles têm alguma relação com o banco, pegando dinheiro emprestado dos bancos e utilizando-o na condução dos negócios […] E os bancos detêm o dinheiro da poupança dos cidadãos simples que são, portanto, credores. E nas condições atuais, se você faz alguma coisa contra o poder de compra da moeda, como praticamente doso os governos fazem, você não está perseguindo os ricos, e sim as classes médias e as massas populares que economizaram durante toda a vida para aproveitar melhor sua idade avançada, para possibilitar a educação de seus filhos etc.

Somando tudo isso, deve-se ter em mente que Mises via o problema da inflação como um problema da política. Que o dinheiro não deveria ser emitido pelo governo, ou que deveria manter uma lastreabilidade em ouro, por exemplo. Para ele:

O problema da moeda […] é exatamente esse: os governos acreditam que numa situação […] quando existe uma escolha entre um imposto popular e um gasto muito popular, existe uma saída — o caminho da inflação. Isto mostra o problema de se abandonar o padrão ouro.

Rothbard sobre a inflação: uma lição que não foi aprendida

A contribuição de Rothbard, em poucas páginas, já se mostra de igual relevância se tratando do livro Sobre moeda e inflação. Um dos seus argumentos mais interessantes, é sobre as três fases da inflação desenfreada.

Primeiro, o aumento da oferta monetária pelo governo e o subsequente aumento dos preços são considerados, pelo público, como temporários […] Assim, a demanda do público por saldos de caixa aumenta, dado que esperam a diminuição dos preços antecipada.

Isso explicará a subida dos preços em menor quantidade do que a oferta monetária, explica Rothbard. O incentivo da autoridade monetária, então, é a aumentar a oferta monetária na justificativa de que a inflação não decorre com o aumento da oferta monetária. Este cenário se tornará catastrófico quando o público deixar de esperar uma queda no preço fazendo com que, agora, os preços continuem a subir.

Segue-se a segunda fase do processo inflacionário, com uma queda contínua na demanda por saldos em caixa com base na seguinte análise: “É melhor gastar meu dinheiro em X, Y ou Z agora, porque sei muito bem que, no próximo ano, os preços estarão maiores”. Os preços começam a subir mais que o aumento na oferta de moeda. O ponto crítico foi atingido.

A redução por saldo em caixa, conforme citado por Rothbard, fará com que o nível de transações aumente absurdamente, fazendo com que a crise da liquidez se espalhe, uma vez que a demanda por moeda aumenta — isso ocorre pois a atual circulação monetária não suporta o nível de transação. O incentivo do governo é responder as demandas monetárias aumentando a oferta de moeda. Neste sentido, Hayek foi cirúrgico:

Quanto mais tempo durar a inflação, maior será o número de trabalhadores com empregos que dependerão de sua continuação, ou, muitas vezes até, de haver uma aceleração constante da taxa inflacionária. E isto não acontece porque estes trabalhadores não teriam encontrado emprego sem a inflação, mas porque a inflação os leva a empregos temporariamente atraentes, que tendem a desaparecer assim que haja a desaceleração ou o término do processo inflacionário.

Com isso, ocorre, de acordo com Rothbard, a terceira e última fase da inflação:

A fase três da inflação é o último estágio descontrolado: o colapso da moeda. O público foge em pânico da moeda para valores reais, qualquer mercadoria que seja. A psicologia do público não é simplesmente comprar agora e não mais tarde, mas sim comprar qualquer coisa imediatamente. A demanda do público por saldos de caixa tende a zero.

Na escala de valores do indivíduo, recursos como carne, arroz, água e pão, por exemplo, são recursos de consumo imediato. A função da moeda será o de adquirir estes produtos na hora que for demandado na expectativa que ele valha algo aproximadamente, em termos de preço, o que valeu na última vez que nos deparamos com este recurso. Se me for proibido de adquirir este recurso amanhã, com as moedas que tenho, farei as trocas hoje — já que a utilidade da moeda me será negada. A sensação é similar quando se trata de inflação.

O que aconteceu desde o começo é que, recursos escassos não deixaram de ser menos escasso, apenas a moeda se tornou mais abundante. O ganho para a humanidade, desde o começo de suas história, jamais foi a impressão monetária ad libitum, mas sim a capacidade de produzir o suficiente para gerar abundância. Isso me lembra muito o que Hoppe traz sobre o arco e flecha.

A invenção do arco e flecha […] não levará a uma quantidade maior de carne animal a ser consumida.

Isso, para a microeconomia, poderá ser chamado de restrição tecnológica. A superação de uma restrição tecnológica não fará que um recurso seja mais abundante. Ele até poderá fazer que, determinadas combinações de recursos, gerem uma quantidade de um produto que poderá resolver o problema de alocação de recursos, mas as matérias primas ainda se manterão escassas.

A diferença crucial entre o arco e flecha, por exemplo, e da moeda é clara. O arco e flecha não muda, de forma alguma, o problema da escassez, mas dará mais tempo livre para os indivíduos caçadores. A expansão monetária não muda, de forma alguma, o problema da escassez, e deturpará as preferencias intertemporais dos indivíduos e modificará o comportamento do mercado, mudando a preferência do saldo em caixa, por exemplo. Esta questão da moeda não resolver o problema da escassez, também poderá ser percebida num cenário de guerra, como demonstra Mises:

Numa guerra, os governos precisam de armamentos e várias outras coisas para defender o país […] Se os cidadãos não estão preparados para fornecer o armamento, o seu país será derrotado na guerra e se tornará dependente. Mas aumentar a quantidade de dinheiro não muda a situação.

Conclusão

A inflação é algo prejudicial para a humanidade e percebemos que afeta tanto o campo econômico quanto o campo social. Ela prejudicará as massas que, atualmente, possuem a capacidade de permitir que seus recursos monetários fiquem disponíveis para serem investidos, fazendo com que sua capacidade aquisitiva possa regredir a níveis próximo a revolução industrial, em muitos casos. Muito do que foi discutido aqui, foi percebido na Alemanha pós e durante a primeira guerra. A humanidade avançou muito no campo econômico, mas percebe-se que o igual avanço no campo político, retrocede a economia para situações pré-superação do problema da alocação de recursos escassos. Por isso que faz sentido admitir o que Thomas Sowell, uma vez, já afirmou:

A primeira lição da economia é a escassez: nunca há o bastante de algo para satisfazer todos aqueles que o querem. A primeira lição da política é ignorar a primeira lição da economia.

OBSERVAÇÕES

[1] Adição minha

REFERÊNCIAS

HAYEK, Friedrich August von. Desemprego e política monetária. LVM Editora, 2017.

HAZLITT, Henry. Economia numa única lição. J. Olympio, 1986.

HOPPE, Hans-Hermann. Uma breve história do homem: progresso e declínio. LVM Editora, 2018.

KEYNES, John Maynard. The economic consequences of the peace. Routledge, 2017.

SAY, Jean-Baptiste. A Treatise on Political Economy or the Production. Distribution and Consumption of Wealth, New York: Kelley, 1964.

VARIAN, Hal R. Microeconomia-princípios básicos. Elsevier Brasil, 2006.

VON MISES, Ludwig. A ação humana. LVM Editora, 2017.

VON MISES, Ludwig. Sobre moeda e inflação: Uma síntese de diversas palestras. LVM Editora, 2018.

VON MISES, Ludwig. The theory of money and credit. Skyhorse Publishing, Inc., 2013.

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